Call Of Duty: Black Ops 6 eleva a ação, mas tropeça em detalhes

Data de lançamento: 25/10/2024.

Desenvolvedor e distribuidor: Treyarch, Activision Blizzard.

Plataformas: Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5, Xbox Cloud Gaming e PC.

Esta análise é uma opinião de seu criador, Roque.

Hoje estamos aqui para apresentar nossa análise de Call of Duty: Black Ops 6, um dos lançamentos mais esperados do ano na franquia. Tivemos a oportunidade de receber uma chave para a Edição Cofre da Activision, o que nos permite explorar todos os detalhes desta nova aventura. Nesta análise, nos concentraremos exclusivamente na narrativa do jogo, garantindo que nossas considerações não contenham spoilers, para que você possa aproveitar a história por completo quando jogar.

Além de discutir a trama de Black Ops 6, também abordaremos alguns pontos positivos e negativos do jogo, organizando-os em tópicos para que você possa acompanhar facilmente nossas opiniões e informações. Isso permitirá que você tenha uma visão clara dos aspectos que se destacam e daqueles que podem deixar a desejar, ajudando na sua decisão de experimentar ou não o título.

Com esses avisos em mente, vamos mergulhar no mundo de Call of Duty: Black Ops 6 e descobrir o que este novo jogo tem a oferecer aos fãs da série. Então, sem mais delongas, bora lá!

História

O jogo foi desenvolvido pela Treyarch e pela Raven Studios, duas equipes com um histórico sólido na criação de experiências imersivas na franquia Call of Duty. Na trama, acompanhamos William Calderon, conhecido como Case, em uma missão crítica no Kuwait, marcada para o dia 23 de janeiro de 1991. Ele não está sozinho; Case é acompanhado por seus valiosos companheiros de equipe, incluindo Jane Harrow, Troy Marshall e o icônico Frank Woods, que traz uma sensação de familiaridade para os fãs da série.

A missão consiste em extrair uma figura importante chamada Saeed Alawi, mas as coisas rapidamente tomam um rumo inesperado quando Russel Adler, um agente com intenções obscuras, intervém e elimina Alawi de forma brutal e a sangue frio. Este evento não apenas marca uma falha catastrófica na missão, mas também leva a equipe a um dilema moral, forçando-os a prender Adler e retornar à base do FBI para relatar o ocorrido. No entanto, uma declaração enigmática de Adler deixa todos intrigados e desconfiados, criando uma tensão palpável dentro do grupo.

Essa dúvida impulsiona Case, Marshall e Woods a se unirem e investigar mais a fundo uma organização terrorista chamada O Panteão, que aparentemente está por trás de atividades nefastas na região. Ao longo dessa investigação complexa, o jogador tem a oportunidade de recrutar novos operadores para a equipe, como Sevati Dumas, carinhosamente conhecido como Sev, e Felix Neuman, além de reavaliar a presença de Adler na missão. Essa dinâmica de recrutamento e colaboração entre os personagens adiciona uma camada de profundidade à narrativa, permitindo que os jogadores explorem diferentes habilidades e estilos de combate enquanto desvendam os mistérios que cercam O Panteão.

Gameplay

A jogabilidade neste novo Call of Duty é extremamente rápida e fluida, proporcionando uma experiência que captura a essência do combate intenso. Todas as suas ações são realizadas em alta velocidade, fazendo com que os jogadores se sintam constantemente em movimento, o que remete bastante à dinâmica frenética de Doom em certos momentos. Essa urgência cria um ambiente em que não há muito tempo para pensar, exigindo reações rápidas e precisas, especialmente com o grande número de inimigos a serem abatidos — uma característica que muitos jogadores consideram excelente, pois mantém a adrenalina sempre alta.

O jogo apresenta uma enorme variedade de armas, permitindo que você experimente diferentes estilos de combate e personalize sua abordagem de acordo com as situações que enfrenta. Essa liberdade para montar diferentes builds não apenas incentiva a experimentação, mas também promove uma jogabilidade mais rica e diversificada. Além disso, você tem a possibilidade de concluir as missões de maneiras alternativas, o que adiciona uma camada extra de estratégia e torna a experiência ainda mais divertida e dinâmica.

Outro ponto positivo é a grande diversidade entre as missões. Embora muitas delas envolvam tiroteios tradicionais, o jogo não se limita a isso. Em várias missões, será necessário investigar o ambiente, resolver puzzles desafiadores ou empregar táticas furtivas utilizando o modo stealth. Essa variedade de gameplay garante que cada missão se sinta única, evitando a repetitividade que pode ocorrer em jogos do gênero. Assim, Black Ops 6 não apenas se destaca pela ação intensa, mas também pela profundidade e inovação nas mecânicas de jogo, oferecendo uma experiência envolvente para todos os tipos de jogadores.

Efeitos Sonoros

A qualidade de áudio do jogo é realmente impressionante, criando uma atmosfera tão autêntica que faz você se sentir no meio de uma guerra intensa. O design sonoro foi meticulosamente elaborado para captar cada detalhe do campo de batalha, desde o impacto ensurdecedor das explosões até o som realista e pesado dos tiros, que reverberam de forma convincente pelo ambiente ao redor. Quando você joga com fones de ouvido, essa imersão se intensifica ainda mais, fazendo com que você consiga distinguir, de forma clara e precisa, a direção de cada barulho, como passos de inimigos se aproximando ou projéteis cortando o ar e colidindo com objetos ou oponentes.

O jogo também inclui uma opção de áudio personalizada que promete aprimorar ainda mais a experiência sonora. No entanto, a configuração de áudio padrão já é tão bem-feita e envolvente que não vejo muita necessidade de investir na versão personalizada, a menos que você seja um entusiasta de som em busca da mais alta fidelidade possível. Cada elemento sonoro contribui para criar uma sensação de urgência e realismo, tornando cada missão ainda mais intensa e absorvente, mesmo sem ajustes adicionais.

Gráficos

Graficamente, o jogo não apresenta um salto significativo em relação a Black Ops Cold War, seu antecessor desenvolvido pela Treyarch. Isso se justifica, em grande parte, pelo fato de o título ainda ser otimizado para rodar em consoles de gerações anteriores, como Xbox One e PS4, o que limita um pouco a capacidade de exploração gráfica. No entanto, mesmo com essas restrições, os gráficos permanecem altamente competentes, oferecendo visuais detalhados e uma ambientação convincente, que ainda consegue impressionar em várias cenas da campanha.

Cenários

Os cenários do jogo são muito bem elaborados e oferecem uma boa dose de diversidade ao longo da campanha, o que ajuda a manter a experiência visual e narrativa interessante. Ao longo da trama, passamos por um deserto vasto e árido, pontilhado de bases inimigas estrategicamente posicionadas, que criam momentos intensos de combate; exploramos o ambiente luxuoso e vibrante de um cassino repleto de detalhes chamativos que destacam o clima de tensão; e até nos infiltramos em uma prisão militar secreta, que esbanja um design sombrio e claustrofóbico, perfeito para criar suspense.

Os detalhes nos ambientes são cuidadosamente trabalhados, como texturas bem definidas, iluminação que realça a atmosfera e objetos espalhados que dão vida às cenas. No entanto, há algumas limitações notáveis: elementos como árvores e plantas não possuem interação com o ambiente, permanecendo estáticos e sem resposta a movimentos ou impactos, o que quebra um pouco a sensação de realismo. Esse detalhe pode decepcionar jogadores que esperam uma imersão completa e gostam de ver o ambiente reagindo de forma realista às ações e ao contexto, como em jogos que exploram melhor a física dos elementos naturais. Mesmo assim, os cenários ainda conseguem transmitir um forte senso de lugar, com atenção significativa aos aspectos estéticos e funcionais da ambientação.

Conclusão

Acompanhamos a franquia Black Ops desde o World at War e, embora a história deste jogo não seja tão boa quanto as dos títulos mais antigos, ainda é muito envolvente. Além disso, a narrativa deixa um gancho interessante no final, o que alimenta especulações sobre uma possível DLC que poderia amarrar algumas pontas soltas ou, quem sabe, uma sequência direta que se aprofunde nos personagens e nas situações apresentadas.

Recentemente, surgiram rumores de que Black Ops 7 pode estar em desenvolvimento e ser lançado no próximo ano. Contudo, é importante destacar que essas informações ainda são meras especulações, e só o tempo dirá o que o futuro reserva para a franquia.

Então, a pergunta que fica é: o jogo é bom ou ruim? Para ser sincero, posso afirmar que é extremamente divertido! Faz bastante tempo que não vejo uma campanha tão bem estruturada e variada em um Call of Duty. Embora não se compare totalmente aos clássicos da série, Black Ops 6 se destaca como uma experiência muito mais satisfatória do que o título do ano passado. É um jogaço, repleto de ação e desafios, e eu recomendo fortemente a todos que tenham a oportunidade de comprá-lo ou experimentá-lo através do Game Pass. Essa nova adição à franquia certamente agradará tanto os veteranos quanto os novos jogadores.

Dito isso, encerramos nossa análise. Até a próxima crítica pessoal!

Esperamos que tenha gostado!

Essa análise é um opinião do autor: Roque.
Editor de texto: Astrobit.