Metro 2033 Redux: Uma Análise do jogo

Metro 2033 é um excelente FPS, baseado em um livro de mesmo nome e escrito por “Dmitry Glukhovsky”.A história se passa 30 anos após os eventos de uma Guerra Atômica quase acabar com o planeta Terra, fazendo com que a população seja extinta… Menos os Russos.

Antes de tudo é bom relembrar que uma análise reflete a opinião pessoal de um autor sobre o jogo, cada pessoa pode ter uma experiência diferente, por isso se você discordar de algo escrito nessa análise saiba que isso é apenas uma opinião pessoal do autor.

Metro 2033 é um excelente FPS, baseado em um livro de mesmo nome e escrito por “Dmitry Glukhovsky”.

A história se passa 30 anos após os eventos de uma Guerra Atômica quase acabar com o planeta Terra, fazendo com que a população seja extinta… Menos os Russos.

LIVRO VS JOGO

Sim você não leu errado! Assim como The Witcher, existe um livro o qual deu origem ao jogo. E se você, assim como eu, preferir ler o livro antes para conhecer melhor o universo no qual a história se passa, para depois jogar o jogo e apreciar as lindas estações, bem como sentir aqueles momentos claustrofóbicos pelos tuneis entre uma estação e outra, então prepare-se para uma grande surpresa: “O jogo e o livro são totalmente diferentes um do outro” e há apenas uma coisa em comum entre as duas obras: O “enredo” e os “personagens”.

Uma imagem contendo Seta

Descrição gerada automaticamente

A história de que o mundo foi destruído por uma grande guerra e de que os russos se refugiaram nos tuneis do metrô é mantida, mas a parte da jornada de Artyom para salvar a sua estação de trem, que enfrenta problemas com criaturas desconhecidas e sobrenaturais, é totalmente remodelada.

Obviamente, para quem leu o livro, sabe que é impossível encaixar o jogo em um gênero de FPS e se manter fiel a história. Se seguissem a história do livro, então o jogo estaria mais para um “Walk Simulator“, já que na maior parte do tempo nosso protagonista está fugindo do perigo e não enfrentando-o como no jogo, durante a leitura.

O enredo, como eu já disse acima, é o mesmo dos livros, sofrendo apenas mudanças na jornada para se adequar melhor ao gênero “First Person Shooter”. E apesar de a jornada ter sofrido mudanças drásticas, ela continua boa.

Mas que fique claro, para quem está achando que Metro 2033 é um jogo de sustos e suspense, daqueles que te deixa com muito medo fazendo você fechar o jogo antes de saber o que vem na porta a seguir, ‘pode tirar o cavalo da chuva’. Metro possui um foco maior na ação e apesar de ser repleto de corredores e tuneis aterrorizantes que poderiam te fazer dar vários gritos e pulos de deixar o coração bater na ponta dos dedos… nenhum desses momentos é aproveitado tão bem. E olha que eu sou o cara mais medroso que vocês poderiam conhecer! 

Nessa parte de suspense o jogo poderia ter sido mais fiel ao livro, com momentos mais intensos e imersivos para fazer os amantes do gênero ficarem com bastante medo.

Enfim, como dito anteriormente, a jornada é boa e consegue ser frenética e repleta de momentos “entre a vida e a morte”, principalmente lá na “Biblioteca” onde há os “Bibliotecários”, que não botam medo como no livro, mas fazem você sentir uma adrenalina/pânico nos primeiros encontros. A história do jogo, no geral, flui bem e tudo é bem dosado para não ficar tão repetitivo, dos momentos de ação aos momentos de tensão.

UMA DIREÇÃO ARTÍSTICA DE ENCHER OS OLHOS!

O que eu posso dizer da qualidade gráfica de Metro 2033 Redux? Esse foi um dos games que simplesmente levou o Xbox One aos seus limites, assim como o jogo original do Xbox 360. Porém, ainda assim se mantendo otimizado o suficiente e aproveitando muito bem os benefícios da nova geração (Sim, na época que ele foi lançado ainda era a “nova geração”).

Uma imagem contendo no interior, edifício, em pé, quarto

Descrição gerada automaticamente

Agora deixando de lado e falando um pouco mais sobre a minha experiência pessoal com a arte do jogo. Bom, eu achei esplêndido ver as estações e tuneis tão detalhados, eu notei o belo trabalho dos desenvolvedores em replicar o drama de uma raça em extinção e sem muitas esperanças. Foi despejado atenção dos personagens aos ambientes.

Porta de madeira ao fundo

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Há pessoas mortas por todas as partes, algumas mutiladas, outras apodrecendo à deriva nos trilhos e nos esgotos, existem pichações em vários locais e é possível até notar a capa dos livros nas mesas e estantes, assim como pôsteres e diversos mapas do metrô espalhados pelos corredores indicando onde você está, como se fosse um passeio pelo metro em SP (ironicamente falando). Esses detalhes deram uma profundidade incrível no meu gameplay e fez a imaginação fluir diante daquele mundo caótico que era o Metrô de Moscou pós-apocalíptico.

Tour pelas estações de metrô de Moscou - Rússia - Laura Lamas | Blog de  Viagem

Por momentos, eu queria viver naquele ambiente. Por mais bizarro que possa parecer!

Uma imagem contendo ao ar livre, edifício, neve, veículo militar

Descrição gerada automaticamente

O mundo lá em cima, na superfície, é incrivelmente belo e detalhado também. Há um cenário muito caprichado e era exatamente o que eu esperava de um local devastado pela guerra. Muito trabalho foi feito para que aquilo parecesse convincente, e nesse aspecto toda a direção de arte está de parabéns. É de encher os olhos.

Uma imagem contendo edifício, no interior, fogo, gato

Descrição gerada automaticamente

Os “mutantes” por outro lado, eu já não achei um trabalho bom o suficiente comparado ao esplendor visto na ambientação em geral. Falta variedade de inimigos do começo ao fim do jogo. Você verá algumas coisas diferentes em dois pontos distintos nessa jornada, que seria na primeira vez que vai a superfície e depois a caminho da biblioteca. Acho que para um mundo tão detalhado como o do subsolo e até o da superfície, eles poderiam ter trabalhado um pouco mais nos inimigos mutantes. Até porque, nos livros não faltam opções e existem muitos tipos de mutantes.

Mas apesar de alguns tropeços, isso não tira em nada o brilho do game. Metro 2033 tem uma direção artística muito boa, e a única coisa que me passava pela cabeça a todo momento enquanto eu jogava era: “Que pena que não é um mundo aberto!”.

EFEITOS SONOROS DE TIRAR O SONO

É claro que para acompanhar toda essa direção artística, não poderia faltar uma boa trilha sonora para acompanhar e fazer jus ao belo trabalho. E, senhoras e senhores, ninguém vai se decepcionar em Metro 2033 Redux.

O jogo possuí uma música de fundo minimalista, sendo que em alguns momentos nem música há, mas onde o jogo se destaca mesmo é nos efeitos sonoros. Grunhidos de monstros, barulhos de ratos, choros de criança e adultos nas estações, o gotejar das tubulações, estouros de cabos elétricos, o barulho dos geradores de energia, seus passos e os dos inimigos ecoando pelos tuneis. Tudo muito bem nítido, colaborando para a atmosfera do jogo, dando asas a sua imaginação, sempre esperando pelo pior a cada momento. Te jogando em um mar de incertezas ou comoção em coisas de minutos e só usando a trilha sonora e efeitos.

No curto vídeo que postei abaixo (Use fones de ouvido) vocês podem notar como o áudio é bem elaborado.

https://twitter.com/ThitoGamer/status/1483881144504496131?s=20&t=yo9nyQWjCoNyduMtQ1PyRQ

Isso não é uma característica única desse jogo, mas de toda franquia Metro, principalmente o Exodus. Eles trabalham muito bem com a parte sonora, onde obviamente é uma das coisas mais importantes nesse estilo de game.

UMA JOGABILIDADE CONFUSA

Agora, para finalizar minha extensa análise, vou falar sobre a jogabilidade que, afinal de contas, não deixa de ser algo muito importante para uma análise.

Logo nos primeiros momentos fica um pouco obvio que Metro 2033 Redux foi pensado mesmo para jogar no PC, devido ao grande número de comandos que mal cabem no controle. Às vezes dá uma certa confusão, principalmente no meio de combates. É muito comum você precisar trocar o filtro da máscara, carregar lanterna, colocar pressão na arma… Fazer tudo isso em um curto espaço de tempo vai te deixar tipo assim: “Ih, como faz mesmo?”.

A movimentação também deixa um pouco a desejar, não que seja algo horrível, mas seu personagem parece lento comparado com os inimigos. Algo que deve ser intencional do jogo, afinal somos humanos contra seres mutantes e aberrações. Faz sentido se sentir inferior. Mas em alguns momentos isso vira algo irritante, principalmente se jogar numa dificuldade maior e no modo de sobrevivência igual eu joguei. Em dados momentos você precisa dar um giro 180° rápido para atirar em algo atrás de você e o pior é que os inimigos nesse jogo não são lentos e sempre ficam em constante movimentação.

Mas no final das contas, você supera esses empecilhos pois a jornada faz valer a pena.

CONCLUSÃO

Enfim, chegamos ao fim da minha análise. =)

Eu mais do que recomendo Metro 2033 Redux, é um excelente jogo acima de tudo. Possui a dose certa de ação e suspense (apesar de falhar no elemento “susto”), assim como uma boa história e que, para quem ainda pretende ler o livro, não vai influenciar em absolutamente nada na sua leitura.

O mundo criado da série Metro é admirável, digno das melhores criações e eu mais do que recomendo o consumo sem moderação dessa franquia. Falando como um fã, claro!

Eaí o que vocês acham vale apena jogar?

Esperamos que tenha gostado!

Essa análise é uma opinião do autor: Thito Gamer

Editor do texto: @CaixistaFox