Os jogos realmente não são mais tão bons quanto antigamente?

Uma viagem na história para descobrirmos se isso é real

Nos últimos anos, tornou-se comum encontrar na internet discussões onde jogadores e fãs afirmam que os jogos antigos eram superiores aos lançamentos recentes. Esse tipo de narrativa reflete a insatisfação de uma parcela do público com os rumos que a indústria de games tem tomado nas gerações mais recentes de consoles.

Problemas nos Jogos Atuais

  • Polimento e Qualidade Técnica
Capa do novo Jedi: Survivor da EA Games

O público tem se decepcionado com diversos lançamentos recentes, sendo que boa parte das críticas está relacionada ao mal polimento e à entrega de jogos incompletos. Muitos títulos atuais apresentam problemas graves de desempenho e qualidade geral, o que é surpreendente considerando o avanço das tecnologias utilizadas.

Com novas ferramentas, como upscaling, frame generation e armazenamento ultrarrápido, os jogadores esperavam experiências mais otimizadas. Contudo, essas inovações têm sido usadas como “muletas” para desenvolvedores apressarem lançamentos, resultando em jogos abaixo do padrão.

Exemplos incluem Jedi: Survivor e Hogwarts Legacy, criticados em seus lançamentos por má otimização tanto em consoles quanto em PCs, além de problemas como bugs gráficos. Essas falhas geram frustração entre os jogadores, que esperam melhor desempenho em hardware de nova geração.

  • Jogos Incompletos e Transações Excessivas
Exemplo de loot boxes excessivas

Outro problema frequente é o modelo de “jogos como serviço” (games as a service), em que as empresas lançam jogos sem estar completamente finalizados, adicionando conteúdos por meio de atualizações constantes. Além disso, esses títulos frequentemente incluem transações com dinheiro real para desbloqueio de itens ou vantagens.

A EA Games, por exemplo, enfrenta críticas há anos devido à abordagem comercial agressiva, que prioriza a monetização em detrimento da experiência dos jogadores. Muitos desses jogos oferecem conteúdo pago em excesso, levando os jogadores a questionar a qualidade e a integridade das experiências.

Embora modelos como o de Fortnite – que é gratuito e foca na venda de itens cosméticos – sejam bem-sucedidos, diversas empresas tentaram replicar essa estratégia em franquias consagradas, gerando descontentamento e desgastando a relação com os fãs.

  • Repetitividade e Falta de Criatividade
Capa do novo The Last Of Us II Remastered

A extensão excessiva de franquias também é motivo de críticas. Muitas séries de jogos têm lançado continuações repetitivas, o que acaba se tornando cansativo para os jogadores. Um exemplo são as franquias da Ubisoft, que, embora apresentem títulos consistentes, enfrentam críticas pela falta de inovação em algumas séries populares.

Quando as franquias não continuam, muitas vezes são refeitas. Isso tem gerado uma enxurrada de remakes e remasterizações para novos consoles, reaproveitando o sucesso de títulos consagrados em vez de criar novas histórias. Exemplos incluem:

  • The Last of Us (remake e remasterização);
  • Remakes de grande parte da série Resident Evil;
  • Shadow of the Colossus (remake);
  • Demon’s Souls (remake);
  • Crash Bandicoot N. Sane Trilogy.

Embora esses jogos tenham sido bem recebidos, muitos jogadores sentem falta de originalidade e preferem experiências novas a revisitar jogos antigos, mesmo que aprimorados.

Outros Fatores de Insatisfação

  • Desafios e Dificuldade
Capa do canal GrifoEXE

Jogos antigos eram conhecidos por sua dificuldade elevada. Com menos recursos como salvamento rápido ou checkpoints generosos, os jogadores precisavam se esforçar mais para superar desafios, criando uma forte sensação de conquista. Em contrapartida, muitos jogos modernos adotam mecânicas que facilitam a progressão, ajustando a dificuldade e tornando a experiência mais acessível. Para os fãs de desafios intensos, isso pode tornar os jogos atuais menos recompensadores.

  • Inovação no Design de Jogos
Pac-Man, exemplo de jogos dos anos 80

Nos anos 80 e 90, a limitação tecnológica forçava os desenvolvedores a criar soluções criativas para oferecer experiências memoráveis. Hoje, com orçamentos milionários e foco em realismo gráfico, muitos jogos seguem padrões de mercado, resultando em experiências que podem parecer genéricas ou previsíveis.

  • Peso Cultural e Histórico
Tetris, exemplo de jogo que marcou a história da indústria de jogos

Jogos antigos carregam um peso cultural único, pois ajudaram a moldar as bases da indústria. Para muitos, essa época é vista como uma “era de ouro“, com forte senso de comunidade entre os jogadores. Os lançamentos modernos ainda não conseguiram reproduzir essa sensação de pertencimento.

Em Defesa dos Jogos Modernos

Capa de Elden Ring

Apesar das críticas, é importante reconhecer que muitos títulos recentes demonstram criatividade, relevância e qualidade. Exemplos incluem:

  • Elden Ring: aclamado por seu mundo aberto imersivo, design de inimigos incríveis e uma narrativa envolvente. Conquistou o prêmio de Jogo do Ano (GOTY, Game Of The Year) do The Game Awards em 2022 e continua relevante com a DLC Shadow of the Erdtree.
  • Zelda: Tears of the Kingdom: elogiado por mecânicas criativas e uma experiência de exploração diferenciada.
  • Outros destaques: Baldur’s Gate 3, Starfield, Persona 3 Reload, Mario Wonder, It Takes Two e Forza Horizon 5.
  • Narrativas Ricas e Complexas
Capa de The Witcher 3

Jogos modernos frequentemente apresentam tramas profundas, personagens complexos e histórias envolventes que rivalizam com livros ou filmes. Exemplos incluem The Witcher 3, Hellblade e Red Dead Redemption 2.

  • Jogabilidade Inovadora
Capa de Dark Souls Remastered

Títulos como Dark Souls redefiniram sistemas de combate e dificuldade, enquanto Among Us popularizou o gênero de dedução social. Jogos de mundo aberto, como GTA V e Breath of the Wild, continuam inovando com liberdade de exploração e design criativo.

Conclusão

Embora as eras clássicas do videogame sejam inesquecíveis, o cenário atual também oferece experiências únicas e emocionantes, de grandes produções AAA a pérolas independentes. Ainda que a indústria enfrente desafios, há muito conteúdo de alta qualidade para explorar.

Recomenda-se aos jogadores manter a mente aberta, experimentar títulos novos e lembrar que, acima de tudo, o objetivo dos jogos é a diversão.

Sugestões de Jogos:

  • Hi-Fi Rush (Game Pass)
  • Sea of Thieves (com amigos, no Game Pass)
  • Hades II
  • Forza Horizon 5 (Game Pass)
  • Lies of P (Game Pass).

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Essa análise é um opinião do autor: Henry Musk.

Editor de texto: Gian Lucca (Player Fox)