Uma análise de No More Heroes III

Em uma galáxia repleta de heróis malucos, só um otaku com uma katana laser pode salvar a Terra

Data de lançamento: 27/08/2021

Desenvolvedor e distribuidor: Grasshopper Manufacture

Plataformas: Xbox Series X/S, Xbox Cloud Gaming,  Xbox One, PS5, PS4 e PC

Esta análise é uma opinião de seu criador, Ramos Bueno.

A História

No More Heroes III é um jogo de ação-aventura que continua a saga de Travis Touchdown, um otaku e assassino profissional, conhecido por sua atitude irreverente e por empunhar uma poderosa katana de luz. Desenvolvido pela Grasshopper Manufacture e dirigido por Suda51, o jogo mergulha os jogadores em uma narrativa repleta de ação, humor e surrealismo.

Após os eventos de No More Heroes 2: Desperate Struggle, Travis Touchdown decide se retirar do mundo dos assassinatos e vive uma vida reclusa em um trailer na Califórnia. Sua paz é interrompida quando um alienígena chamado FU (Jess Baptiste VI) retorna à Terra após um exílio de 20 anos no espaço. FU, que se tornou um senhor galáctico do crime, decide transformar a Terra em seu playground pessoal, trazendo consigo uma horda de alienígenas violentos.

FU e seus nove aliados alienígenas formam um grupo conhecido como os “Super-heróis Galácticos”. Para solidificar seu domínio, FU anuncia um torneio onde os heróis mais poderosos do universo lutarão pelo controle da Terra. Travis, determinado a proteger seu planeta e redimir-se de seus erros passados, decide entrar no torneio. Armado com sua fiel katana de luz e com a ajuda de amigos e antigos rivais, ele embarca em uma jornada para derrotar os Super-heróis Galácticos e impedir os planos malignos de FU.

Jogabilidade

No More Heroes III combina ação frenética, exploração em mundo aberto e uma narrativa estilizada, criando uma experiência única para os jogadores. A jogabilidade mantém os jogadores constantemente engajados, oferecendo uma variedade de mecânicas e desafios que vão além das tradicionais batalhas de hack-and-slash.

O núcleo da jogabilidade é o combate com a icônica katana de luz de Travis Touchdown. O sistema de combate é ágil e responsivo, permitindo uma série de movimentos, desde ataques rápidos e combinações até golpes carregados e finalizações devastadoras. Os controles intuitivos facilitam a execução de combos fluidos, e o jogo incentiva o uso estratégico de diferentes ataques para enfrentar a diversidade de inimigos.

Travis também possui habilidades especiais, como ataques de wrestling para finalizar inimigos caídos e um modo especial chamado “Full Armor Mode”, que temporariamente aumenta suas habilidades de combate e defesa. Além disso, a katana de luz precisa ser recarregada periodicamente, adicionando um elemento estratégico ao gerenciamento de energia durante as batalhas.

Os inimigos variam de alienígenas comuns a super-heróis galácticos, cada um com padrões de ataque e habilidades únicas. Os chefes são o destaque do jogo, cada um apresentando um desafio distinto que exige que os jogadores adaptem suas táticas. As lutas contra os chefes são frequentemente grandiosas e espetaculares, muitas vezes acompanhadas por sequências cinematográficas que intensificam a experiência.

Santa Destroy serve como o principal cenário do jogo, um mundo aberto repleto de atividades secundárias, mini-jogos e missões. Os jogadores podem explorar a cidade em uma moto futurista chamada Demzamtiger, participando de eventos que variam de missões de combate a tarefas cotidianas bizarras, como cortar grama ou coletar lixo. Essas atividades não só oferecem uma pausa das intensas batalhas, mas também ajudam a acumular dinheiro e recursos necessários para progredir no jogo.

As missões secundárias e mini-jogos são uma parte crucial da jogabilidade, proporcionando uma variedade de desafios que mantêm a experiência diversificada. Algumas dessas atividades estão diretamente ligadas ao progresso da história, enquanto outras são puramente opcionais e servem para enriquecer o mundo do jogo. Além das tradicionais missões de combate, os jogadores podem se envolver em jogos de arcade, competições de corrida e outras atividades peculiares que refletem o humor irreverente do jogo.

Travis pode ser aprimorado ao longo do jogo, adquirindo novas habilidades e melhorando suas estatísticas. Isso é feito através de um sistema de chips que podem ser equipados para modificar e aumentar suas capacidades de combate. Além disso, os jogadores podem personalizar a aparência de Travis, escolhendo entre uma variedade de roupas e acessórios que não só mudam sua aparência, mas também podem fornecer benefícios adicionais durante o combate.

Humor

O humor característico da série está presente em todos os aspectos do jogo, desde os diálogos afiados de Travis até as situações absurdas em que ele se encontra. A narrativa frequentemente quebra a quarta parede, com personagens comentando sobre a própria natureza do jogo e fazendo referências culturais que vão desde videogames clássicos até filmes cult. Essa metanarrativa adiciona uma camada extra de diversão e engajamento, tornando a experiência ainda mais memorável.

Estilo e Sons

No More Heroes III é notável por seu estilo visual vibrante e sua apresentação estilizada. O jogo utiliza uma mistura de gráficos em cel-shading e efeitos visuais únicos para criar um mundo que parece saído diretamente de uma animação ou história em quadrinhos. A trilha sonora, composta por uma variedade de gêneros, complementa a ação e contribui para a atmosfera dinâmica do jogo.

O que vocês acharam dessa análise?

Esperamos que tenha gostado!

Essa análise é um opinião do autor: Ramos Bueno

Editor de texto: Astrobit

No More Heroes III

No More Heroes III oferece uma experiência de jogo rica e multifacetada. Com seu estilo visual vibrante, combate dinâmico, design de chefes criativo, narrativa envolvente e humor característico, o jogo conquista os jogadores e proporciona momentos inesquecíveis. Apesar de algumas falhas, os pontos positivos do jogo superam amplamente suas limitações, fazendo de No More Heroes III um título imperdível para os fãs de ação e aventura.

9
  • Humor
  • Visual/design/arte
  • Criatividade geral
  • Trilha sonora
  • Design do mundo aberto
  • Batalhas ficam repetitivas
  • Personagens secundários pouco explorados