DOOM Eternal: Uma análise do jogo

Desde DOOM (2016), o jogo aclamado pela crítica e público, esse que recebeu dois prêmios no The Game Awards, (um como melhor jogo de ação e outro de melhor design de som) além de ser o ponto de partida para um “Soft Reboot” na franquia, com uma gameplay que reinventa a fórmula dos jogos clássicos, contendo música de muita boa qualidade, tiro, porrada e bomba pra tudo quer lado, e muitos demônios mortos, o jogo virou um sucesso astronômico, e fazendo assim a ID software ( Criadora e desenvolvedora de todos os jogos da saga) tivesse o compromisso de lançar uma sequência a altura do seu último jogo, e 4 anos depois no dia 20 de março de 2020, lança para todas as plataformas DOOM ETERNAL.

“Contra todo mal conjurado do inferno, toda a perversidade produzida pela humanidade nós enviaremos a eles … só você, estripar e lacerar até o fim”

É com essa frase que define o jogo e também a primeira coisa que você irá ouvir ao iniciar a campanha, que começo o que para mim seria a análise do melhor shooter dessa década, DOOM Eternal não só define os jogos de tiros, como inova o conceito fazendo ser um produto único e fantástico, um verdadeiro colírio para os olhos, lindo e eletrizante. Olá meu nome é Victor (SleepyDragon) e essa é nossa análise sincera de DOOM Eternal.

Já alerto, que tudo presente nessa análise condiz com a minha opinião, zerei o jogo no Xbox Series S, com mais de 52 horas jogadas e me sinto a altura para fazer uma análise da joia na coroa dos jogos de tiro em primeira pessoa.

Contexto

Desde DOOM (2016), o jogo aclamado pela crítica e público, esse que recebeu dois prêmios no The Game Awards, (um como melhor jogo de ação e outro de melhor design de som) além de ser o ponto de partida para um “Soft Reboot” na franquia, com uma gameplay que reinventa a fórmula dos jogos clássicos, contendo música de muita boa qualidade, tiro, porrada e bomba pra tudo quer lado, e muitos demônios mortos, o jogo virou um sucesso astronômico, e fazendo assim a ID software ( Criadora e desenvolvedora de todos os jogos da saga) tivesse o compromisso de lançar uma sequência a altura do seu último jogo, e 4 anos depois no dia 20 de março de 2020, lança para todas as plataformas DOOM ETERNAL.

Após anos de desenvolvimento, o jogo foi finalmente lançado se tornando imediatamente um sucesso absoluto, arrecadando US$ 500 milhões de dólares em apenas 10 messes após seu lançamento. Viciante, violento, vivo e arrebatador, sim eu confirmo é tudo isso e muito mais.

Nos portões do inferno

O jogo continua nos moldes do seu antecessor, um shooter de plataforma em primeira pessoa, com fases baseados em mapas, ou seja toda fase do jogo você começa em um mapa novo e ao chegar no final você passa de fase, seguindo o mesmo estilo do primeiro Doom, aquele de 1993, ao completar o mapa você verá uma tela com suas estatísticas e colecionáveis que existem para você coletar nessa fase, para fazer o 100% é necessário coletar todos os colecionáveis, e também os jogadores iram se deparar com fases bônus que são um adicional a campanha, você consegue acessar elas através de uma chave escondida pelo mapa e abrindo uma porta que dá acesso a uma certa área do jogo que inicia um mini game extra, além dos mapas de desafios que se você conseguir completar em um certa dificuldade e executar algumas tarefas, você consegue ótimas recompensas, tudo isso dá um fator de re-jogabilidade muito bom ao jogo , sendo assim os jogadores irão visitar os mapas uma ou mais vezes.

O jogo leva o jogador para uma terra quase futurista toda devastada por uma invasão demoníaca, cheia de lava, criaturas gigantes, muita morte e destruição, também vamos paro o inferno que a definição de caos: rios de lava, ossos, pessoas sofrendo e bolos de carne com mais de 20 metros e não, não é aquele que sua vó faz nos finais de semana, também vamos para cidades ancestrais, num plano divino controlado pelos Maykrs e uma variedade de lugares, todos maravilhosos, com suas particularidades únicas, coisas para explorar, além desses lugares pra ir, o DoomSlayer tem uma base espacial que serve como Lobby do jogo, por lá você consegue selecionar qual mapa você quer acessar, ver seus coletáveis, como escutar os álbuns de música que você encontra durante sua jornada, ver os seus brinquedos, trocar suas skins e entre muitas outras coisas.

Em questão de mapa o jogo é maravilhoso, todos os mapas são muito bem feitos e feito com muito carinho por sua desenvolvedora, a ID Software não poupou esforço pra fazer lugares extremamente imersivos e com construções que são um deleite para os olhos , a coloração do jogo, os filtros usados tudo combina perfeitamente com o ambiente caótico e sanguinário do jogo , volta e meia me via parado olhando para o horizonte vendo as criaturas imensas brigando, enquanto pequenas criaturas voadoras sobrevoavam os céus, tudo é feito com muito detalhe para deixar o jogador completamente maravilhado com o universo do jogo, todo o level design é simplesmente sensacional.

Muito além de FPS

O jogo segue a continuação da história do seu antecessor, isso significa que para melhor compreendimento de todo o enredo e contexto, é recomendado ter zerado o jogo anterior.

Você está na pele de DoomGuy (o cara do DOOM) agora chamado DoomSlayer, no ano de 2163, quatorze anos após os eventos em Marte (DOOM 2016) , a Terra foi invadida por forças demoníacas, exterminando 60% da população do planeta, sob a agora corrompida Union Aerospace Corporation (UAC). O que resta da humanidade fugiu da Terra ou se juntou à Armored Response Coalition, um movimento de resistência formado para impedir a invasão, que se escondeu depois de sofrer pesadas perdas. O Doom Slayer, tendo sido anteriormente traído e teletransportado pelo Dr. Samuel Hayden, retorna com uma fortaleza satélite controlada pela IA “VEJA” para reprimir a invasão demoníaca matando os Hell Priests (sacerdotes infernais): Deags, Nilox, Ranak e Grav. Os sacerdotes servem a um ser angelical conhecido como Khan Maykr, que busca sacrificar a humanidade pela sobrevivência de sua própria raça.

O Slayer se teletransporta para uma cidade destruída e mata Deags e Nilox, mas o Khan Maykr transporta os dois sacerdotes restantes para locais desconhecidos e cabe você livrar a terra desse mal matando os sacerdotes e assim salvando a humanidade. Depois desse prólogo começa uma jornada cativante em meio a uma terra devastada.

Mas eaí? A história de DOOM Eternal é boa? Sim e também não, calma eu vou explicar.

Não me leve a mal, eu amo a lore por trás desse jogo, o universo em que tudo se passa é fantástico, mas o problema é o quão mal explorado é isso , ao zerar o jogo você percebe que todo esse background feito pela história serve mais como uma desculpa para o personagem principal (DoomSlayer) sair matando todos os tipos de demônios e criaturas místicas de milhares de formas diferentes, é meio decepcionante como não aparece nenhum personagem que a gente realmente se importe no jogo inteiro, o DoomSlayer é praticamente uma rocha indestrutível, imparável, e isso cria cenas muito badass, mas acredite não sai muito disso, a DLC explica muito bem a lore e na minha opinião possui uma história bem mais consistente do que a campanha principal, na mesma tem uma parte muito sensacional que é literalmente de cair o queixo de tão incrível, porém alguns passos para frente você se encontra matando demônios sem pensar no amanhã (de novo).

Eu gosto da ideia do DoomSlayer ser um personagem extremamente poderoso imparável e implacável, mas a que custo? Com uma lore tão rica acho um baita potencial desperdiçado não terem focado mais nela, sem falar que se você quiser entender bem tudo sobre a história, você só consegue lendo códices , que são itens colecionáveis escondidos pelo mapa, não importa a dificuldade que você colocou seu jogo, sem procurar a história em outras mídias, se torna uma tarefa quase impossível entender o enredo no final do jogo.
Porém tem uma parte boa em tudo isso, como a história funciona mais como fundo para os acontecimentos, e tudo se baseia em ir ao ponto A do ponto B ou levar um item de um lugar ao outro, o jogo não se prende em nada, é apenas sair correndo dilacerando todo mundo em um mapa extremamente lindo com momentos de plataforma e frequentemente áreas que você enfrenta hordas de inimigos para prosseguir seu caminho.

Se você está querendo comprar DOOM Eternal pela sua história uma dica, jogue Bioshock ou pesquise sobre a lore do jogo na internet, o jogo possuí um universo muito rico mas não aconchega bem o novatos na franquia, por outro lado se você quer ação e muito sangue derramado….

Estripar e lacerar até o fim

Esqueça Call Of Duty ou Batllefield, no DOOM Eternal a gameplay é diferente de qualquer shooter em primeira pessoa, começando pela movimentação, o DoomSlayer não corre, mesmo que não seja necessário levando em conta a velocidade do personagem, você pode pular e dar pulo duplo, você tem um sistema de impulso que é um recurso novo nesse jogo visto que não tinha no antigo, que serve pra compensar o Slayer não conseguir correr, basicamente apertando um botão você da um Dash com o personagem, que é indispensável levando em conta o quão útil essa habilidade é, você consegue arremessar granadas, uma de fragmentação e outra de gelo que congela os inimigo, também tem um lança chamas embutido no traje do Slayer onde você consegue incendiar os inimigos.

Lembra que disse para esquecer os jogos convencionais de tiro? Pois então: DOOM não só inova a fórmula como melhora ela, esqueça aquela velha história de tomar tiro de um revólver ou até mesmo uma bazuca e sair ileso após alguns segundos de “recuperação” igual é no Call Of Duty por exemplo, esqueça da cobertura, se esconder aqui não é opção. O jogo possuí um sistema que para conseguir munição e vida, você deve matar inimigos ou incendiá-los, também existe alguns itens espalhados pelo chão, porém é um quantidade significativamente baixa, se você quiser se dar bem com essa mecânica , o melhor é ser uma máquina mortífera desenfreada e trucidar todos os inimigos que encontrar sem dó nem piedade, pois sem morte igual sem cura, e pra isso o jogo possuí várias habilidades específicas pra cada uma das 10 armas que você encontra ao decorrer do jogo, e cada gadget novo é uma forma nova de abordar seus inimigos.

O jogo é frenético e tudo acontece muito rápido na tela, meia e volta você se vê com tripas e pedaços de carne voando, o que é muito louco, sem contar o que pra mim seria uma das melhores mecânicas desse jogo, as glory kills (eliminações gloriosas) quando o inimigo recebe uma certa quantidade de dano ele entra em um estado de invulnerabilidade, que ao se aproximar e apertar um botão, inicia uma animação que dependendo da posição em que você aborda o demônio, você consegue arrancar a cabeça, quebrar ossos, arrancar braços, espetar olhos é apenas o gostinho do que você consegue fazer com os inimigos do jogo, o jogador também possui uma motosserra que é hitkill (mata instantaneamente) em demônios mais
fracos, e sim você serra eles no meio, lá pra frente no jogo você consegue a arma carinhosamente apelidada de super escopeta que com uma melhoria, você consegue jogar um gancho no inimigo e através dela se arremessar em sua direção , finalizando-o com um tiro de doze, e é claro o inimigo se explode em pedaços.

A modelagens de armas e criaturas são muito detalhadas e as texturas são de muita qualidade, a qualidade técnica desse jogo é inacreditável de tão bem trabalhada, a variedade de demônios são bem grandes: cada um com sua particularidades, fazendo serem únicos, a grande maioria deles vieram de jogos passados mas isso não tira o seu brilho, cada um tem uma fraqueza pra cada tipo de arma fazendo o jogador ter uma estratégia de como abordar todas criaturas ao mesmo tempo. No começo o jogo tem um tutorial bem reforçado sobre as movimentações e as mecânicas do jogo, mesmo selecionando as dificuldades mais baixas, até o jogador mais veterano em FPS pode ter conflito e achar um pouco difícil no começo até pegar o jeito da coisa, as dificuldades são: Muito jovem para morrer (Fácil), Um tapinha não dói (Normal) , Ultraviolento (Difícil), Pesadelo (Muito difícil) e Ultrapesadelo (Modo mais Difícil), mas não se deixe enganar, morrer no início é bem frequente até dominar as armas e habilidades para avançar, já em maiores dificuldades qualquer erro é fatal.

Eu sou um amante de jogos de tiros, desde minha infância joguei BLACK e futuramente gastei várias horas em Call Of Duty numa Lan House em minha cidade , joguei vários jogos de tiro no meu Xbox One, Batllefield por exemplo, mas nada se compara ao o que vivenciei jogando DOOM Eternal. Por isso eu acho que o jogo até fez bem em não se prender na história, o foco mesmo é a gameplay, todas as mecânicas se encaixam perfeitamente na proposta do jogo, é um jogo frenético e extremamente viciante, as vezes eu me via repetindo fases só para poder desfrutar do mais uma vez, sem sombras de dúvidas o melhor jogo em
primeira pessoa que já joguei, a música, as mecânicas do jogo, a gameplay tudo, é simplesmente imperdível para quem gosta de jogos de tiro.

Muito Metal

A música, trilha sonora e efeitos sonoros são um show a parte, além da jogabilidade feroz e satisfatória, para completar toda a violência, o jogo encaixa perfeitamente uma dose bem grande de Metal para harmonizar toda a ambientação. As músicas foram composta por Mick Gordon que também já tinha feitos as músicas para o Doom (2016), as composições são de metal moderno com bastante uso de sintetizadores e uma bateria bem agressiva que te acompanha perfeitamente enquanto você executa demônios, frequentemente quando vou jogar, diminuo todas as opções de áudio, apenas deixando a de música, não porque não gosto do design de som, mas jogar DOOM Eternal dessa maneira é como receber uma dose de heroína, a qualidade da trilha sonora de jogo é de se aplaudir de pé, o design de som e de ambiente é bem realista, deixa o jogador extremamente imerso em qualquer lugar que você passe é até assustador em alguns partes do jeito que deve ser, ao atirar você consegue sentir o peso de cada arma e do poder delas, o som dos demônios é aterrorizante produzindo berros e rugidos.

Destruição em dose dupla

O modo multiplayer do jogo funciona mais como uma adicional para se jogar depois da campanha , possui apenas um modo, em que um jogador controla o Slayer e os outros 2 controlam os demônios que tentarão caça-lo, é super criativo tem várias vantagens que liberam a cada rodada o que deixa as partidas bem dinâmicas, é bem divertido principalmente se for jogar com os amigos. Recentemente foi adicionado um modo Horda, é um modo arcade de rounds com
mini games separando entre eles o objetivo é conseguir a maior pontuação possível e desbloquear recompensas.

Me faz falta não ter um modo cooperativo igual nos jogos antigos, e só ter uma opção se quiser jogar com alguém é meio decepcionante , o jogo tem um leque bem grande de oportunidades para colocar novos modos, porém não focaram muito nisso, o modo Horda veio com última grande atualização e foi uma baita sacada, passei horas me divertindo é um grande adicional para a re-jogabilidade principalmente para quem gostou do combate do jogo.

Desempenho

O jogo roda maravilhosamente bem mesmo em consoles de antiga geração, na maioria dos consoles o jogo roda 1080p a 60 fps exceto, nos consoles mais potentes da nova geração onde roda a 2160p e 60 fps, 1440/60 no Series S, porém no Switch a situação é outra, ele roda 1088p a 30fps (Na versão portátil), o jogo é muito bem otimizado , tem gráficos lindos, você consegue trocar os filtros de cor no menu e também tem várias ferramentas para agradar e confortar todo tipo de jogador, o que mostra o quão preocupado a desenvolvedora estava em dar acessibilidade para todos que jogarem. Na minha experiência não encontrei nenhum bug, só algumas vezes quando eu entrava em uma área de combate e começava a tocar a música mesmo depois de ter saído dessa área a música continuava, e também raramente spawnava inimigos com a inteligência artificial desligada ficando parados, meu jogo crashou uma vez, tirando isso nada que atrapalhou minha gameplay.

Conclusão

A ID software é a pioneira no FPS (First Person Shooter) e desde 1992 a desenvolvedora vem ano após ano trazendo jogos que marcam a indústria, desde o primeiro FPS já feito o: Wolfenstein 3D até agora com DOOM Eternal, sempre inovando e explorando novas formas de trazer excelência ao seu trabalho, DOOM Eternal foi umas das melhores experiências virtuais que já tive, quebra todas as barreiras imposta por uma fórmula já usada a muito tempo , e se reinventa se tornando algo muito maior do que o próprio gênero, viciante e violento, uma gameplay extremamente divertida que te prende do começo até o fim, todas suas mecânicas juntas formam um prato cheio para qualquer amante de vídeo game, o universo do jogo é fascinante, toda a lore é muito detalhada e bem escrita, mesmo que o jogo não nos mostre tão bem isso, a história fica mais de fundo, mas tudo bem porque o resto do jogo compensa tudo, a música desse jogo traz a verdadeira sensação de estar no corpo do Slayer, a ambientação é surreal de bela, detalhada e imersiva, o multiplayer deixa um pouco a desejar mesmo sendo
divertido deixou um gostinho de quero mais, DOOM Eternal é muito além de qualquer jogo que joguei nesses últimos anos, e se fosse definir em uma palavra seria imperdível, se fosse quer uma experiência única de tiro é praticamente obrigatório jogar essa obra de arte feita pela ID Software.


Pontos fortes:

-Jogabilidade
-Trilha Sonora
-Ambientação
Pontos Fracos:
-Multiplayer
-História

Nota: 9/10

Eaí o que vocês acham, vale apena jogar?

Esperamos que tenha gostado!

Essa análise é uma opinião do autor: Sleepy Dragonite

Editor de texto: CaixistaFox