Ghostrunner: Uma análise do jogo

Ghostrunner, desenvolvido pela One More Level e publicado pela 505 Games, é um jogo hack and slash em primeira pessoa que possuí uma ambientação certeira e uma gameplay extremamente dinâmica, como de costume em jogos desse gênero. Em outras palavras: é um espetáculo, pelo menos na minha perspectiva.

Ghostrunner, desenvolvido pela One More Level e publicado pela 505 Games, é um jogo hack and slash em primeira pessoa que possuí uma ambientação certeira e uma gameplay extremamente dinâmica, como de costume em jogos desse gênero. Em outras palavras: é um espetáculo, pelo menos na minha perspectiva.
Como havia dito anteriormente, a ambientação desse jogo é certeira e isso se deve especialmente ao enredo e a “história” (Entre aspas mesmo). Nele, controlamos o Ghostrunner, um android programado pelo Arquiteto que parece ser totalmente obediente a ele, sendo um espadachim extremamente habilidoso e com capacidades sobre-humanas de parkour. A história se passa na Torre no século 23, que é o abrigo da humanidade após eventos catastróficos acontecerem, sendo controlada por Mara, a grande antagonista do jogo.

<strong><em>Mara<em><strong>


Dentro da Torre existe um sistema de controle muito rígido feito por Mara e seus soldados, que vai se intensificando ao longo da narrativa. O que mais me chamou atenção foi o design de ambientes dos diferentes “andares” da torre, que possuí uma atmosfera cyberpunk de um mundo futurista deveras tecnológico ao mesmo tempo que é um lugar sujo, podre, e que precisa de reparos, criando um contraste bem interessante, e como resultado, temos essa ambientação que é simplesmente impecável, com o design de ambientes e a direção de arte muito pontuais e muito acertados.

Na verdade, o jogo em si é cheio de contrastes além desse. O principal para mim é o contraste interessantíssimo existente entre o homem e a máquina, que é muito abordado por aí mas que as vezes não ganha a profundidade necessária. E, felizmente, não é o caso aqui.


Eu diria que em Ghostrunner temos quase um estudo de personagem em cima do android que batiza o nome do jogo, desde de sua (muito referenciada) criação até seu ápice como protagonista. Acompanhamos a evolução de um “robô ninja assassino” naquele mundo conturbado a algo bem mais grandioso e interessante, algo que fecha o ciclo da história do jogo perfeitamente.
Outro contraste muito presente dentro do game é a relação existente entre a criação e o criador. O Arquiteto é um personagem que interage bastante com o Ghostrunner, é literalmente uma voz em sua cabeça, e, com essa interação, advém discussões e pensamentos filosóficos sobre o homem, sua criação e seus sentimentos, algo que eu não esperava encontrar em um jogo como esse, mostrando que é um game denso e que traz diversas reflexões.

Observe a fala do <strong><em>Arquiteto<em><strong>


Contudo, coloquei história entre aspas anteriormente por um simples motivo: a narrativa do jogo é algo mais por trás do que acontece nele, como se fosse apenas um enredo. Todas as informações que temos sobre aquele mundo são faladas pelo Arquiteto e se convergem em algo “concreto” quando ocorre, por exemplo, a aparição da grande antagonista do jogo em suas últimas fases. Não existem cutscenes durante a campanha do game nem nada semelhante a isso, todas (ou quase todas) as informações são dadas pelo Arquiteto ao conversar com Ghostrunner, que inicia o jogo como nós: sem saber o que está acontecendo, pois está desmemoriado.
Pode ser que esse detalhe da história chegue a incomodar, mas sinceramente eu não dou a mínima para isso, pois primeiro: a ambientação desse jogo é algo muito bem-feito, tornando tudo extremamente crível e segundo: sua gameplay é simplesmente espetacular.
Na verdade, diria que uns dos maiores destaques de Ghostrunner é sua gameplay. Sendo um hack and slash em primeira pessoa(como eu já citei no início), a jogabilidade consiste em pular sobre várias plataformas, utilizando ou não um árpeu e eliminar os inimigos que estão em nosso caminho, de diversas formas possíveis, já que controlamos um robô espadachim. O que mais me encanta nesse aspecto é como é algo fluído, dinâmico, rápido, intenso, mas principalmente divertido. A movimentação do Ghostrunner é impecável. Conseguir passar de fase e evoluir no game é algo extremamente gratificante, mesmo que seja cansativo.

Observe a movimentação do personagem e como a gameplay de Ghostrunner é algo
fluído

Mas não se engane: Ghostrunner não é um jogo fácil. Muitos, assim como eu, podem demorar a pegar a manha da coisa e entender completamente como o jogo funciona, o que pode ser algo desmotivante, já que o nível dos inimigos e a dificuldade dos desafios só aumenta com a progressão da narrativa, como esperado. Contudo, tendo a persistência necessária para conseguir evoluir nele, é possível e muito provável que todos avancem no jogo. E essa dificuldade, é claro, não é regra para todo mundo. Já que, as fases de Ghosrtunner são muito bem pensadas e sempre trazem alguma inovação na gameplay muito bem-vindas e necessárias, com exceção da última fase.
Por fim, não poderia deixar de elogiar a trilha sonora de Daniel Deluxe, que conversa muito com a “ambientação cyber” e com a narrativa do jogo, o que coopera para a criação da atmosfera presente, mas principalmente: melhora e muito sua experiência durante a campanha, sendo que é muito divertido matar capangas armados com uma música eletrônica no talo.

Escute um pedaço da trilha sonora de Daniel Deluxe– (tirada diretamente da gameplay do
jogo)


Concluo dizendo que Ghostrunner é, de várias maneiras, um espetáculo. Seja pela sua gameplay divertida, sua trilha sonora. seu enredo que traz reflexões pontuais ou pela sua ambientação impecável, fato é que se trata de um jogo com atributos que não se vê por aí todo dia e que eu não deixaria passar a oportunidade de jogar. É uma obra de arte, tendo em vista que Ghostrunner 2 já está previsto para lançamento, pretendo conferir esse game em primeira mão. Mesmo que a história se encerre perfeitamente no primeiro jogo, ainda há muito a ser explorado desse universo, o que é muito animador. Agora é torcer para que tenha a mesma qualidade do primeiro.

E aí? Concordam com a análise? Discordam de algo? Estão animados para jogar o Ghostrunner 2? Comentem aí em baixo 😉

Nota: 9.5/10

Eaí o que vocês acham, vale apena jogar?

Esperamos que tenha gostado!

Essa análise é uma opinião do autor: Subzero

Editor de texto: CaixistaFox